27 fevereiro 2015

A Most Violent Year






É curioso e belo e desconcertante. Neste que toma lugar num dos mais violentos anos de Nova Iorque, invulgarmente a violência é parca e discreta, uma perseguição sem mácula ou uma esparsa mancha na gélida neve! Um ano mais violento é apenas o contexto, não o tema, subtil mas tenso, como um demorado nevoeiro que ensombra o dia.

"The result is never in question, just the path you take to get there." E o caminho não é claro, nem a direito, constrói-se por entre manobras e dúvidas, discursos e manipulações. E o caminho é feito de palavras e negociações, longo e inquieto, um caminho que treme entre os dois gumes da faca, entre a honestidade do presente ser e a promessa fácil de um futuro. O caminho quer-se honrado e limpo. Será tal possível?





Sóbrio e arrojado, "A Most Violent Year" é dono de uma inefável classe e inteligência, que se permeiam desde o soberbo trabalho de J.C. Chandor às brilhantes composições de Jessica Chastain e Oscar Isaac! Uma pérola que merece ser vista e sentida.


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