11 fevereiro 2010

Invictus



Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.
In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.
Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds and shall find me unafraid.
It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley, Book of Verses: Life and Death (Echoes)

“Invictus” é, acima de tudo, uma comovente, inspiradora e belíssima homenagem a Nelson Mandela.

Não segue o biopic normal. Centra-se no episódio da Taça do Mundo de Rugby de 1995, no qual Mandela, recém-eleito presidente, reúne esforços com François Pinnear, capitão dos Springboks (selecção nacional de râguebi de África do Sul), com o objectivo de vencer a Taça Mundial e conseguir assim a união e reconciliação do país, ainda destroçado pelas feridas profundas do apartheid.

E posto desta forma, até pode parecer que estamos perante um filme simples…mas não é claramente o caso! Pois o que ele transmite, ultrapassa o simples, o comum! É o reflexo do espírito de Nelson Mandela: a sua visão, a sua tolerância, a sua grandeza e a sua humanidade!

Morgan Freeman é um senhor: a sua interpretação é soberba, encarnando completamente Mandela, tanto a nível do aspecto físico ou pronúncia, como na capacidade de emanar a aura de um grande líder.

Matt Damon é competente na pele de François Pinneaar, assumindo-se como um grande secundário. Destaco a cena em que a equipa visita a prisão de Robben Island e Pinneaar fita, em choque e tristeza, a cela que manteve Mandela cativo durante quase 30 anos.

“Invictus” possui uma imensa carga humana e é essa humanidade (e também com ela) que Clint Eastwood filma, ao evocar a sabedoria, magnanimidade e discernimento que tornaram Nelson Mandela um verdadeiro líder, um herói humano!

Pode não ser um dos melhores filmes de Eastwood, mas é certamente uma magnífica e impressionante história que merece ter sido transposta para a tela! E, por isso, agradeço-lhes!




2 comentários:

  1. Invictus é uma história inspiradora e com uma fábula transcendente da tela - a união!

    Freeman dedica-se de corpo e alma à personagem e Eastwood está lá para dar o seu toque de mestre e filmar a vertente humana como mais ninguém o faz...

    Abraço
    http://nekascw.blogspot.com/

    ResponderEliminar