19 janeiro 2011

Män som hatar kvinnor



Um homem recebe um pacote pelo correio. Abre-o cuidadosamente, apenas para se atemorizar pelo seu aparentemente inocente conteúdo. A música ressoa, em crescente intensidade, e um rosto surge…doce e inquisitivo, uma angelical assombração ao longo de quatro décadas.




Refrescante e intenso na sua construção, imprevisível e misterioso no seu desenvolvimento, Män som hatar kvinnor afirma-se como um magistral thriller, cru e violento! Desenrolando-se lentamente, consegue uma caracterização complexa das suas personagens, dois perturbados pontos em inevitável colisão, num misto de amizade e desejo, ao mesmo tempo que com uma chocante frontalidade e quase frieza aborda a crueldade, dominação, violência e degradação impostas desde sempre à mulher.




E é subtilmente numa mulher que a história ganha a sua força: Lisbeth Salander, enigmática e disfuncional hacker, numa composição absolutamente memorável e arrepiante de Noomi Rapace, sem dúvida inigualável! A seu lado, Michael Nyqvist, como o jornalista em desgraça Mikael Blomkvist, numa competente e igualmente complexa interpretação de um homem íntegro e racional em busca da verdade.


Brutal, intenso, negro e desconcertante!

Um brilhante policial, um grande filme!


Bravo!


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