08 junho 2014

X-Men: Days of Future Past



Ora bem, aviso já que nunca li os comics e o que sei do universo X-Men é um misto de cultura geral (pode chamar-se assim?), visualização dos outros filmes e coisas que fui pesquisando por essa Internet fora. Por isso, esta crítica não vai abordar a fidelidade à obra original e afins, simplesmente porque não sou capaz de a avaliar...






Posto isto, o que me seduziu no “X-Men: First Class” foi a densidade emocional que imprimiram às personagens (por vezes coisa rara neste mundo das adaptações), a profundidade da relação entre Charles Xavier/Professor X e Erik Lehnsherr/Magneto e a qualidade do argumento. Sem sombra de dúvida, e de forma apaixonante, “X-Men: Days of Future Past” mantem essa estratégia de sucesso, declarando-se como um revigorante, invulgar e entusiasmante blockbuster! 
Em termos de argumento, temos uma história tanto intrigante como sólida, mesmo envolvendo o complicado tema das viagens no tempo. A sua resolução deixou-me satisfeita, porque me pareceu seguir uma progressão lógica, pelo menos de imediato; só fiquei com algumas questões sobre como esta interferência alterará o futuro e que consequências terá, tendo em conta o que a trilogia anterior nos revelou.
A nível de interpretações, bem, Fassbender e McAvoy são simplesmente incríveis, incorporando nas suas personagens um carisma palpável: um Magneto copiosamente maquiavélico e um debilitado Professor X numa jornada de “auto-descoberta”, se assim o quisermos pôr. E, já agora, qualquer diálogo, confronto, interacção entre os dois é terrivelmente empolgante e hipnótica, sem exageros! Jennifer Lawrence, embora uns furos abaixo (excepção feita à cena na cabine telefónica) não desilude como Mystique. Peter Dinklage, de Lannister a vilão, é convincente, mas não tão temível como eu imaginei. Tive foi pena que o tempo de ecrã de McKellen/Stewart não tenha sido maior…E quão cool seria um confronto entre o Magneto do futuro e o do passado, tal como aquele a que tivemos direito com o Professor X? 





Por último, qualidade técnica irrepreensível e nota positiva para o factor “coolness” que se respira (e ao qual First Class já nos habituara), quer pela época dos seventies, quer pelo modo como muitas das sequências nos foram apresentadas! 
E assim, sem artifícios desnecessários, “X-Men: Days of Future Past” afirma-se como um notável blockbuster, de excitante e inteligente execução! 


E agora, seguem-se SPOILERS!!!



Algumas questões/notas: 

• Qual seria o poder do JFK? 
• Quem é o pessoal do deserto, no fim dos créditos? (Sim, não debandem mal as luzes se acendam, por favor! Aguentar os olhares dos funcionários que se questionam porque é que ainda estás na sala se o ecrã mostra apenas letras sob um fundo preto não custa nada!) 
• A sequência do QuickSilver no Pentágono é assim para cima de espectacular! 
• Como é que o Professor X se “reintegrou”? 
• O final implica um reset em toda a trilogia anterior ou apenas no Last Stand? Gosto em vê-la novamente Miss Jean Grey! 
• Posso não ter percebido bem, mas se apenas o Wolwerine se ia lembrar dos acontecimentos que alterou, como é que o Professor X sabia que tinha que lhe explicar esta “nova” face da História?


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