31 dezembro 2009

Filmes da Década ( II )


Universo “Tim Burton”: “Big Fish”, “Charlie e a Fábrica de Chocolate”, “A Noiva Cadáver”, “Sweeney Todd”:
em cada um sentimos a magia e o gore de Burton, o seu fantástico e inesquecível mundo, ou pintado de cores escuras e góticas e esqueletos dançantes num viva ode à noiva ou iluminado por um vasto campo de malmequeres ou por uma cascata de chocolate ou ainda povoado por um perigoso barbeiro que canta ao som de golfadas de sangue!

“Sin City”: a graphic-novel saltou directamente do papel para a tela, com os mesmos tons pesados e fascinantes do preto, branco e vermelho… uma realização alucinante, interpretações fabulosas, sensuais, violentas e perturbadoras…

“Munique”: podia ser facilmente um filme centrado apenas na vingança israelita após o atentado terrorista dos Jogos Olímpicos de 1972…mas Spielberg nunca é assim tão simplista! Spielberg realiza o filme sob uma perspectiva humana, ou seja, apresenta-nos os factos e deixa-nos pensar e decidir o que achar, e, mais importante, filma os conflitos interiores e morais deste grupo que vão surgindo com a execução cada mais vez perturbadora e difícil das missões, com especial destaque para Avner, o jovem agente de certo modo forçado a abandonar a sua mulher grávida (refiro este pormenor porque é uma característica comum de muitos dos filmes de Spielberg…o pai ausente). Um filme sublime, difícil, comovente, a não perder!

“Blindness”: a adaptação soberbamente conseguida do romance “Ensaio sobre a Cegueira” de José Saramago…

“Piratas das Caraíbas: A Maldição do Pérola Negra”: um delicioso, cómico e empolgante filme de aventuras, graças a um ambíguo pirata rock and roll, numa interpretação brilhante e apaixonada de Johnny Depp!

“Gangs of New York”: um épico poderoso, violento, cativante e belo, resultado da fervorosa e longa dedicação de Scorcese e da sua realização de mestre e das interpretações de Leonardo di Caprio e principalmente de Daniel Day-Lewis! “Bill the Butcher” é uma das personagens mais emblemáticas que a Sétima Arte nos deu a conhecer: violento, rude e xenófobo mas tão carismático que é quase arrepiante!

“Inside Man”: pela música que abre o filme, pelo constante mistério e twist, pela interpretação fabulosa de Clive Owen…

“A Rainha”: pela interpretação magistral e suprema de Helen Mirren…

“O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”: tem o seu “je ne sais quoi”, o ambiente de ingenuidade e inocência e fantasia, uma carta de amor a Paris e a Amélie e ao próprio amor…

“Kill Bill”: “You shot me down, bang bang, I hit the ground, bang bang… My baby shot me down…” A uma traição brutal segue-se uma épica vingança… um filme alucinante, cujo exemplo maior é a luta com os Crazy 88, com um argumento e realização geniais, interpretações perfeitas…

“Ratatouille”: uma deliciosa história de animação em que tudo parece real, desde a paisagem de Paris aos coloridos e saborosos pratos confeccionados pelo encantador “petit – chef”

“Public Enemies” porque é um filme melodramático e poético, que reinventa o universo dos gansters e põe em primeiro plano uma belíssima história de amor!

“Closer”: porque o amor é também complicado, sujo, difícil, perturbador…

“Juno”: uma surpreendente, irónica e divertida incursão ao tema da gravidez na adolescência, que foge aos clichés, num filme que pertence a Ellen Page…

“Persepolis”: um retrato arrepiante e doloroso, mas também cómico, da Revolução Islâmica no Irão, pelo testemunho da jovem Marjane Satrapi, numa obra-prima do cinema francês e do cinema de animação!

“V de Vingança”: “Remember, remember the fifth of November!” Um filme diferente, com uma mensagem política e social acutilante e interpretações sólidas de Hugo Weaving e Natalie Portman…

“21 Gramas”: um mosaico de três histórias que se sobrepõem e se completam, sob o tema da morte, da redenção, do perdão e do amor…

“Walk The Line”: pelas actuações apaixonantes de Joaquin Phoenix e Reese Whiterspoon...

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